Necrofilia

Bem como a zoofilia, é um hábito sexual praticado por pessoas doentes mentais loucas sem saber que são doentes (vulgo birutas). Consiste em ter relações sexuais com cadáveres, isso mesmo, gente morta. Segundo os necrófilos, eles gostam dessa prática porque os cadáveres não reclamam, não se incomodam e, principalmente, não têm dor de cabeça. É uma prática muito valorizada pelas mulheres pois os homens, de uma maneira ou de outra, estão sempre tesos.
Todas as pessoas,quando morrem, são sujeitas a sofrerem essa pratica,temidas, para todos aqueles, que de certa forma,tem um certo conhecimento pelo assunto,os necrofílos,são a maioria das vezes encontrados,em nicroterios, a maioria das vezes são, cientistas,ou legistas, que nunca mantiveram relaçoes sexuais com seres humanos, ou que guardam,de certa forma algum trauma de infancia,oualgum disturbio mental, causado, por certas ocorrencias traumaticas, ou muitas vezes necrofílos são pessoas normais, que nunca passaram por nada na vida, mais que se sentem atraidas, por cadavéres,a necrofilía é pouco conhecida, mais, é bastantate praticada, afinal, os necrofilos, tem, a parencia normal, como de qualquer outra pessoa,sendo assim fica dificil identicar quando se é ou não um necrofílo, incrivél como, nem depois de morto, voce, tem respeito.


Dark in dark

Querido, você vai afundar nas trevas aqui comigo ,eu não estou sendo uma boa companhia mostre que minha noite solitaria está acabando eu quero ficar sozinha eu não tenho tempo meu sangue ferve nas minhas veias . eu preciso ficar sozinha. Querido me deixe sozinha mas está noite.

Sadismo

O foco parafílico do Sadismo Sexual envolve atos (reais, não simulados) nos quais o indivíduo deriva excitação sexual do sofrimento psicológico ou físico (incluindo humilhação) da vítima. Alguns indivíduos com esta Parafilia se sentem perturbados por suas fantasias sádicas, que podem ser invocadas durante a atividade sexual, mas não são atuadas de outro modo; nesses casos, as fantasias sádicas envolvem, habitualmente, o completo controle sobre a vítima, que se sente aterrorizada ante o ato sádico iminente. Outros atuam segundo seus anseios sádicos com um parceiro que consente em sofrer dor ou humilhação (e que pode ter Masoquismo Sexual). Outros, ainda, colocam em prática seus anseios sexuais sádicos com vítimas que não dão consentimento. Em todos esses casos, o que causa excitação sexual é o sofrimento da vítima. As fantasias ou atos sádicos podem envolver atividades que indicam o domínio do indivíduo sobre a vítima (por ex., forçar a vítima a rastejar ou mantê-la em uma jaula). Os indivíduos também podem atar, vendar, dar palmadas, espancar, chicotear, beliscar, bater, queimar, administrar choques elétricos, estuprar, cortar, esfaquear, estrangular, torturar, mutilar ou matar a vítima. As fantasias sexuais sádicas tendem a ter estado presentes na infância. A idade de início das atividades sádicas é variável, mas habitualmente ocorre nos primeiros anos da vida adulta.
O Sadismo Sexual geralmente é crônico. Quando o Sadismo Sexual é praticado com parceiros que não consentem com a prática, a atividade tende a ser repetida até que o indivíduo com Sadismo Sexual seja preso. Alguns indivíduos com Sadismo Sexual podem dedicar-se a atos sádicos por muitos anos, sem necessidade de aumentar o potencial de infligir sérios danos físicos. Geralmente, entretanto, a gravidade dos atos sádicos aumenta com o tempo. Quando o Sadismo Sexual é severo, e especialmente quando está associado com Transtorno da Personalidade Anti-Social, os indivíduos podem ferir gravemente ou matar suas vítimas.


Masoquismo

O foco parafílico do Masoquismo Sexual envolve o ato (real, não simulado) de ser humilhado, espancado, atado ou de outra forma submetido a sofrimento. Alguns indivíduos se sentem perturbados por suas fantasias masoquistas, que podem ser invocadas durante o intercurso sexual ou a masturbação, mas não atuadas de outro modo. Nesses casos, as fantasias masoquistas em geral envolvem ser estuprado estando preso ou atado por outros, sem possibilidade de fuga. Outros agem de acordo com seus desejos sexuais masoquistas por conta própria (por ex., atando a si mesmos, picando-se com alfinetes ou agulhas, auto-administrando choques elétricos ou automutilando-se) ou com um parceiro.
Os atos masoquistas que podem ser buscados com um parceiro incluem contenções (sujeição), colocação de vendas (sujeição sensorial), palmadas, espancamento, açoitamento, choques elétricos, ser cortado, "perfurado e atravessado" (infibulação) e humilhado (por ex., receber sobre si a urina ou as fezes do parceiro, ser forçado a rastejar e latir como um cão, ou ser submetido a abuso verbal). O transvestismo forçado pode ser buscado por sua associação com a humilhação. O indivíduo pode ter um desejo de ser tratado como um bebê indefeso e de usar fraldas ("infantilismo").
Uma forma particularmente perigosa de Masoquismo Sexual, chamada "hipoxifilia", envolve a excitação sexual pela privação de oxigênio, obtida por meio de compressão torácica, garrotes, ataduras, sufocação com saco plástico, máscara ou substância química (freqüentemente um nitrito volátil que produz uma redução temporária da oxigenação cerebral pela vasodilatação periférica). As atividades de privação de oxigênio podem ser executadas a sós ou com um parceiro. Mortes acidentais podem ocorrer devido a mau funcionamento do equipamento, erros na colocação da forca ou da atadura em torno do pescoço ou outros deslizes.Dados dos Estados Unidos, Inglaterra, Austrália e Canadá indicam que uma a duas mortes causadas por hipoxifilia por milhão são detectadas a cada ano. Alguns homens com Masoquismo Sexual também têm Fetichismo, Fetichismo Transvéstico ou Sadismo Sexual. As fantasias sexuais masoquistas tendem a ter estado presentes na infância. A idade na qual iniciam as atividades masoquistas com parceiros é variável, mas geralmente se situa nos primeiros anos da vida adulta. O Masoquismo Sexual geralmente é crônico, com tendência a repetir o mesmo ato masoquista. Alguns indivíduos com Masoquismo Sexual podem dedicar-se a atos masoquistas por muitos anos sem um aumento na sua potencial periculosidade. Outros, entretanto, aumentam a gravidade dos atos masoquistas ao longo do tempo ou durante períodos de estresse, podendo acabar em ferimentos ou até mesmo em morte.

Demônios


Segundo registros, a palavra demônio tem origem no grego daimónion e pelo latim daemoniu, e significa "gênio inspirador, bom ou mau, que presidia o caráter e o destino de cada indivíduo, alma, espírito. Nas religiões judaica e cristã, anjo mau que, tendo-se rebelado contra Deus, foi precipitado no Inferno e procura a perdição da humanidade; gênio ou representação do mal".
Em paralelo e intrinsecamente associado aos demônios, há a conotação sobre o inferno; que, através de uma definição cristã bastante genérica é "lugar ou situação pessoal em que se encontram os que morreram em estado de pecado, expressão simbólica de reprovação divina e privação definitiva da comunhão com Deus".
Desse modo, o inferno pode ser compreendido não como um ambiente de localização geográfica, mas de natureza espiritual onde habitam os demônios. Também, a alma dos mortos que, por penitência imposta pela divindade devido a uma vida de pecados, atravessam a eternidade sendo martirizadas pelo fogo e pelas angústias espirituais. Na Bíblia, encontram-se citações como "Os ímpios serão lançados no inferno, e todas as nações que se esquecem de Deus" (Salmos – 9:17) e "E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras"  (Apocalipse – 20:13).
Entretanto, a conotação cultural dos demônios e o conceito de inferno são muito mais profundos e complexos, estando presente na espiritualidade de diversas civilizações desde a antiguidade, se desenvolvendo, solidificando e perpetuando-se no consciente coletivo até os dias de hoje.


Luz & Trevas

A dualidade entre bem e mal, céu e inferno, Deus e diabo, luz e trevas é primordial nas doutrinas e crenças de vários povos. Uma vez que é através desta bipolaridade que se permite desenvolver outros princípios básicos como a busca de um ponto de equilíbrio existencial ao indivíduo e os frequentes combates entre estas forças; ou seja, uma conjunção entre poderes distintos, de criação e destruição capazes de dar origem ao universo.
Este preceito pode ser observado, por exemplo, em Baal, a divindade mesopotâmica da fertilidade e do furacão (como uma metáfora de vida e destruição). Da mesma forma que a idéia de dois mundos distintos, um bom e um mal que caracteriza Céu e Inferno, surge da combinação das culturas de persas e caldeus.


Demônios na Antiguidade

Os primeiros registros culturais sobre a existência destes seres encontram-se nas civilizações da Mesopotâmia, Persa e Egito. Neste momento, catástrofes naturais, doenças e guerras já são atribuídas a estas criaturas. Ainda, acreditava-se que desertos e florestas seriam ambientes propícios aos demônios e as habitações que não estivessem devidamente protegidas estariam vulneráveis à sua ação maligna.
Nas doutrinas espíritas, os demônios simplesmente não existem; pois, sua existência seria contra a própria natureza divina de amor e bondade. No entanto, aceita-se que espíritos em estado de evolução ainda bastante primitivo; ou seja, aqueles que ainda não atingiram uma elevação suficiente para libertarem-se do mundo profano e mantém-se imersos em ignorância espiritual, possam assumir uma condição maléfica e influir negativamente no processo natural de evolução humana; sendo assim, associados aos demônios.
No ponto de vista judaico-cristão, que é certamente o mais difundido, os demônios são anjos de natureza divina que se rebelaram contra a própria criação. Neste aspecto, Lúcifer é a entidade mais conhecida e considerada superior as outras classes hierárquicas do panteão demoníaco. Sendo também considerados criaturas malignas que interferem diretamente na existência humana provocando enfermidades, catástrofes natu- rais, desarmonia e infligindo-lhes tentações com intuito de desviá-la do caminho divino.
Ainda, aceita-se a idéia de que estes seres possam tomar posse do corpo físico de cada indivíduo e influenciá-lo negativamente (conhecida como possessão demoníaca). Neste caso, faz-se necessário o uso do exorcismo como meio de expulsar o espírito do corpo tomado. A própria Bíblia cita "Porque tinha ordenado ao espírito imundo que saísse daquele homem; pois já havia muito tempo que o arrebatava. E guardavam-no preso, com grilhões e cadeias; mas, quebrando as prisões, era impelido pelo demônio para os desertos" (Lucas – 8:29); e "E, quando vinha chegando, o demônio o derrubou e convulsionou; porém, Jesus repreendeu o espírito imundo, e curou o menino, e o entregou a seu pai" (Lucas – 9:42).
Em práticas ocultistas é comum o exercício de conjuração demoníaca com o objetivo de que estes seres se submetam à vontade do magista de modo a proporcionar-lhe "vantagens" na vida cotidiana. Entretanto, obviamente, é estabelecido um pacto de troca no qual o conjurador compromete-se a "pagar" ao demônio com um sacrifício ou, como é conhecido popularmente, "vendendo a própria alma".


Demônios Medievais

Na Idade Média, mais precisamente no período conhecido como Baixa Idade Média, a própria Igreja Católica, através da intolerância religiosa que tinha os tribunais inquisitórios como mais eficiente instrumento de repressão, colaborou com o fortalecimento da imagem dos demônios atribuindo a adoração às divindades pagãs ao culto demoníaco; da mesma forma que enfermidades que não podiam ser diagnosticadas eram relacionadas à ação diabólica.
Curiosamente, o Bispo de Tusculum, em 1273, concluiu que 133.306.668 de anjos, durante nove dias, se rebelaram contra o Criador, na Guerra do Paraíso. Em 1460 este número foi confirmado pelo Bispo espanhol Alphonsus de Spina. O apócrifo Livro de Enoque afirma que 200 anjos copularam com filhas dos homens e geraram uma raça de gigantes conhecida como Nephilim. O Talmude (registro principal do judaísmo rabínico) estipula uma população demoníaca de 7.405.926 criaturas.
No entanto, ainda no período medieval, havia uma questão existencial em relação à natureza do bem e mal que a própria Igreja protagonizava: se Deus, criador do universo, é essencialmente bom, porque permitira que suas próprias criaturas angelicais fossem tomadas pela vaidade e orgulho, a ponto de rebelarem-se e tornarem-se representações do mal?
Santo Agostinho respondeu a questão com o argumento do livre-arbítrio, no qual, quanto mais próxima a criatura estiver de Deus, (anjo ou homem), maior é seu poder de discernimento; podendo assim optar em seguir o caminho divino ou renegá-lo em virtude da trilha demoníaca do mal.


Demonologia

Da mesma forma que a angelologia estuda a natureza e a ação angelical, a demonologia ocupa-se do estudo relativo aos demônios. Sua origem pode ser associada ao pensamento de São Tomas de Aquino que, no século XIII, potencializa a figura demoníaca a partir da iconografia pagã que se utiliza da junção física de homem-animal para representar suas divindades. Neste caso, o bode, animal tido como símbolo de fertilidade, cede patas e cornos para a arte medieval representá-lo como personificação do mal. Neste momento, a figura de Satã é delineada claramente como o Anti-Cristo.
Assim, estabelece-se uma espécie de hierarquia demoníaca e uma classificação que é definida por "funções e poderes" de cada criatura. Encontra-se, por exemplo, referências aos Súcubos e aos Íncubos, que seriam, respectivamente, demônios de natureza feminina e masculina capazes de transmutar sua "aparência física" com o objetivo de manter relações sexuais com seres humanos durante o sono.
Ainda, a expressão legião é usada na literatura ocultista (e inclusive na própria bíblia) para se referir a um grupo de demônios: "E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? E lhe respondeu, dizendo: Legião é o meu nome, porque somos muitos" (Marcos – 5:9).


Demônios Modernos

Na transição entre os séculos XV e XVI, com o advento do Renascimento e do Iluminismo, alguns aspectos da espiritualidade humana foram subjugados em detrimento do progresso científico. Assim, a figura do demônio, inferno, dualidade e outros elementos que fundamentavam as crenças da Antiguidade e Medieval, também ficaram esquecidos.
Entretanto, sua imagem se difundido imensamente na cultura e nas artes ocidentais, como Mefistófeles em Fausto, de Goethe e Satã em Macário, de Álvares de Azevedo. Em cada uma das aparições, o demônio traz características distintas, ora hostil e agressivo; ora lúcido e irônico.
Já em meados do século XX, com início do movimento New Age, ressurgimento de algumas crenças pagãs e a propagação de doutrinas orientais, o demônio ressuscitou como um "objeto de estudo" e tornou-se alvo de adoração por seitas como Satanismo e Luciferianismo; porém, através de perspectivas bem particulares, não tendo necessariamente uma relação com princípios históricos e culturais.

Vampiros

A palavra Vampiro surgiu por volta do século XVIII. Tem origem no idioma sérvio como Vampir, e sua forma básica é invariável nos idiomas tcheco, russo, búlgaro e húngaro.
Lendas oriundas da Eslováquia e da Hungria, estabelecem que a alma de um suicida deixava seu sepulcro durante as noites para atacar os humanos, sugava o sangue e retornava como morcego para o túmulo, antes do nascer do sol. Assim, suas vítimas também tornavam-se vampiros após a morte. As civilizações da Assíria e Babilônia, também registram lendas sobre criaturas que sugavam sangue de seres humanos e animais de grande porte. Outros mitos pregam que as pessoas que morrem excomungadas, tornam-se mortos-vivos vagando pela noite e alimentando-se de sangue, até que os sacramentos da Igreja os libertem. Crianças não-batizadas, e o sétimo filho de um sétimo filho também se tornariam vampiros.
O lendário Livro de Nod, originalmente concebido por White-Wolf para o RPG Vampiro - A Máscara, narra a origem dos vampiros. Além de A Crônica das Sombras revelando os ensinamentos ocultos de Caim; e A Crônica dos Segredos que revela os mistérios vampíricos.
A tradição judaico-cristã, prega a origem dos vampiros associada aos personagens bíblicos Caim e Abel. Como é descrito, Caim foi amaldiçoado por Deus pelo assassinato de seu irmão, Abel. Os Anjos do Criador foram até ele exigir que se redimisse. Orgulhoso, recusou-se e acatou as punições impostas pelos Anjos. A partir deste momento, Caim via-se condenado a solidão e vida eterna, temendo o fogo e a luz, longe do convívio dos mortais.
Caim foi anistiado por Deus após sofrer durante uma era inteira. De volta ao mundo terreno dos homens, fundou e fez-se rei da primeira cidade chamada Enoque. Mas ainda temia a luz, o fogo, e a solidão da eternidade.
Passado-se muitos anos de prosperidade em Enoque, Caim ainda sentia-se só devido a sua imortalidade. Abatido e desmotivado, acabou por cometer outro grande erro: gerou três filhos, que posteriormente geraram outros. Seguiram-se tempos de paz até que chegou o grande dilúvio e lavou toda a Terra. Na cidade de Enoque, sobreviveram apenas Caim, seus filhos, netos e uns poucos mortais. Caim recusou-se a reconstruir a cidade, pois considerava o dilúvio um castigo divino por ter subvertido as leis naturais e gerado seres amaldiçoados como ele. Assim, sua prole reergueu Enoque e assumiu o poder perante os mortais.
Após um período de paz e prosperidade, os sucessores de Caim passaram a travar batalhas entre si. A autoridade dos governantes foi revogada, e tanto os mortais como os membros da prole sentiam-se livres para fundar outras cidades e tornar seu próprio rei. Dessa forma, os imortais ascendentes de Caim, espalharam-se por toda a Terra.
Nesta versão da origem dos vampiros, vimos que tudo teve início com uma maldição divina atribuída a Caim, e depois herdada por sua prole. Porém, torna-se muito difícil estabelecer um limite entre os fatos e as lendas que circundam o mito vampírico, já que boa parte destas informações confunde-se entre os relatos e pesquisas históricas coerentes, com a ficção dos filmes e RPG’s.
Na lenda de Caim, a conotação do termo Vampiro ainda está ligada apenas ao sentido de imortalidade, solidão e aversão a luz. A relação estabelecida entre a longevidade e a sede pelo sangue (que caracteriza a imagem mais comum dos vampiros), deve-se possivelmente, a personagens lendários que viviam anos incalculáveis alimentando-se de sangue humano, após terem firmado supostos pactos com entidades malignas. Outras versões são encontradas em diferentes culturas, e todas combinam fatos históricos com a crendice regional. Portanto, a maior parte dos povos possui uma entidade sobrenatural que alimenta-se de sangue, imortal e considerada maldita. O mito do vampiro é um ponto comum entre várias civilizações desde a Antigüidade.
Uma das maiores referências do mito vampírico é o sanguinário Vlad Tepes (ou Vlad III), que existiu realmente no século XV na Transilvânia. Porém, ele governou apenas a Valáquia, que era uma região vizinha. Apesar da crueldade extrema com os inimigos, Vlad III não possuía nenhuma ligação com os vampiros. O termo Drácula (Dracul, originalmente significa Dragão) foi herdado de seu pai, Vlad II, que foi cavaleiro da Ordem do Dragão. Provavelmente, a confusão se deu através da semelhança entre os termos Drache, que era o título de nobreza atribuído à Vlad II, e Drac que significa Diabo.
A relação entre Vlad III e o mito vampírico foi dada pelo escritor Bram Stocker. O autor de Drácula inspirou-se (provavelmente) nas atrocidades cometidas por Vlad III, e as incorporou em seu personagem principal. A partir deste momento, Vampiro e Drácula tornaram-se praticamente sinônimos na literatura e nas crenças populares.
No Brasil também encontra-se mitos relacionados aos vampiros e outros seres semelhantes. Neste caso, os registros entrelaçam-se com o rico folclore das várias regiões do país. Desde os centros urbanos, até as áreas menos desenvolvidas do Brasil, é comum ouvir-se relatos dos ataques sanguinários de criaturas que perambulam pelas madrugadas. Na maioria das vezes, essas histórias assemelham-se muito com as lendas européias.
Na mitologia indígena existe o Cupendipe, que apesar de não possuir a sede de sangue caracterizada pelos vampiros, possui asas de morcego, sai de sua gruta apenas durante a noite e ataca as pessoas usando um machado.
No nordeste brasileiro conta-se a história do Encourado. Um homem de hábitos noturnos, que usa trajes de couro preto, exalando um odor de sangria. O Encourado ataca animais e seres humanos para sugar-lhes o sangue. Prefere as pessoas que não freqüentam igrejas. Porém, os habitantes das cidades por onde o Encourado passa, oferecem-lhe o sacrifício de criminosos, crianças ou animais de pequeno porte.
Em Manaus, há relatos da presença de uma vampira que atacava os moradores, sugando o sangue através da jugular e deixando marcas de dentes em sua vítimas, exatamente como é contada nos cinemas. Após os ataques, a vampira corria em direção a um rio e transformava-se em sereia, desaparecendo na água. A Vampira do Amazonas possui a capacidade de transmutar-se e força física descomunal.
Em maio de 1973 no município paulista de Guarulhos, foi encontrado o corpo de um rapaz com as perfurações características em seu pescoço. Esse é apenas um exemplo da hipotética ação de vampiros em zonas urbanas. Neste caso, os relatos transcendem a fronteira da boataria e do folclore.

Exorcismo

Nas culturas egípcia, babilônica, assíria e judaica, atribuíam-se certas doenças e calamidades naturais à ação dos demônios. Para afastá-los, recorria-se a algum esconjuro ou exorcismo. A cultura ocidental recebeu essas idéias através da Bíblia e do cristianismo primitivo.
No cristianismo, exorcismo (do grego exorkismós, "ato de fazer jurar", pelo latim exorcismu) é a cerimônia que visa esconjurar os espíritos maus, forçando-os a deixar os corpos possessos ou dominar sua influência sobre pessoas, objetos, situações ou lugares. Quando objetiva a expulsão de demônios, chama-se Exorcismo Solene e deve fazer-se de acordo com fórmulas consagradas, que incluem aspersão de água benta, imposição das mãos, conjurações, sinais da cruz, recitação de orações, salmos, cânticos, etc. Além disso, o ritual católico do exorcismo pode ser executado por sacerdotes somente quando são expressamente autorizados por bispos.


Possessões

Possessão é o estado ou condição em que o corpo e (ou) a mente de um indivíduo são supostamente possuídos ou dominados por uma entidade (um ser, força, ou divindade) que lhes é externa, ou que não se manifesta habitualmente nas atividades da vida diária.
A possessão, considerada como experiência de natureza psicológica e social, pode ser verificada individual ou coletivamente, e ter caráter inesperado, ou estar submetida a algum tipo de controle ritual; em diversas sociedades e culturas, figura como episódio ou experiência central da vida religiosa. Podemos dividir, genericamente, as formas de possessão em quatro categorias.

Encosto
O espírito fica próximo à pessoa, mas a influência é pequena. Neste caso, banhos de água e sal ou orações como o Pai-Nosso ou o Credo, afastam este espírito inferior. Geralmente estes espíritos são de pessoas que desencarnaram e pertencem à família do possuído.

Espírito opressivo
O espírito tem a capacidade de "vampirizar" a energia do indivíduo. Os efeitos são sentidos como um cansaço ou vontade de chorar que podem cessar de um momento para outro. Indica-se neste caso, que se utilize um saquinho de cor vermelha, sempre junto ao corpo para neutralizar a presença deste espírito. Também os banho de água com sal, são benéficos neste caso. A leitura do salmo 23 é o mais indicado contra o espírito opressivo.

Obsessão
O espírito consegue ficar de maneira tão dominante no corpo astral do indivíduo que pode até mesmo mudar o modo de falar e fazer coisas que normalmente não faria no dia-a-dia. Chega até mesmo a não reconhecer parentes e pessoas próximas de seu convívio. É bom frisar que aqui no Brasil de acordo com o espiritismo ou nas religiões afro-brasileiras como a umbanda e candomblé, existem os fenômenos de possessão de espíritos doutrinadores e iluminados, trazendo ao médium apenas benefícios.

Possessão demoníaca
Neste caso, o espírito toma o corpo da pessoa, fazendo com que ocorram até fenômenos de "poltergeist" (conjunto de fenômenos produzidos espontaneamente, que consiste em ruídos e deslocamento de objetos, podendo ter duração indeterminada).


Exorcismos na Bíblia

O Antigo Testamento, embora reconheça a atuação do demônio a partir da tentação e da queda de Adão no paraíso, praticamente não alude a uma ação maléfica direta do diabo sobre os homens.
Foi no judaísmo antigo que se atribuíram ao demônio intervenções muito concretas na vida cotidiana. O Livro de Tobias (século II a.C.), de influência assíria, narra um exorcismo praticado mediante a oração e utilização das vísceras de um peixe.
No Novo Testamento, que não apresenta modificações essenciais no que se refere ao exorcismo, o Evangelho de Marcos é o que insiste de maneira mais realista nos exorcismos praticados por Jesus e por seus discípulos. Em certos casos, trata-se de expulsar o demônio do corpo de possessos ou lunáticos. Em outros, da cura de enfermidades atribuídas à ação do demônio. Os evangelistas se servem dessas vigorosas ilustrações para demonstrar a vitória de Jesus sobre Satanás e também para mostrar como seu povo se libertou do pecado. "Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso" (João - 12:31). Esses milagres seriam um sinal da instauração do reino de Deus. "Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós" (Mt - 12:28).

 
Exorcismos na história da Igreja

As curas e os exorcismos foram comuns na igreja primitiva. Com o reconhecimento oficial da Igreja sob o imperador Constantino, os exorcismos carismáticos, realizados informalmente por qualquer cristão, deram lugar à institucionalização da função do exorcista. O Rituale Romanum reuniu mais tarde, diversos ritos de exorcismos para situações variadas. Também as igrejas reformadas estabeleceram tais ritos.
O racionalismo do século XVIII conseguiu explicar muitos mistérios supostamente sobre-humanos, o que também sucedeu, de modo ainda mais intenso, com a descoberta do hipnotismo e da psicologia profunda no século XIX. A Igreja Católica, como também algumas denominações protestantes, admite os exorcismos ordinários, contidos no rito do batismo, como símbolo da libertação do pecado e do poder do demônio. Pratica-se o exorcismo ordinário na bênção da água batismal e na sagração dos santos óleos. Os exorcismos solenes, que têm por objetivo expulsar o demônio do corpo de um possuído, são práticas raríssimas e só confiadas, mediante permissão episcopal, à sacerdotes muito experientes.
O exorcismo católico inicia-se com a expressão latina "Adjure te, spiritus nequissime, per Deum omnipotentem" (eu te ordeno, espírito maligno, pelo Deus Todo-Poderoso). O processo pode ser longo e extenuante, chegando a se estender por vários dias. A possessão está associada ao mal. O processo de libertação é feito de forma dramática e violenta. Os exorcistas recorrem as preces, água-benta, defumadores, essências de rosas e arruda. O sal que é associado à pureza espiritual também é utilizado.
Porém, o cristianismo deste século tem uma atitude dividida em relação ao exorcismo. Por um lado, mantém distância de sua prática, atuando mais próximos a psiquiatras e médicos e autorizando estudos para esclarecer este fenômeno. Mesmo assim, a Igreja oculta os casos confirmados de possessão a prática dos rituais de expulsão. Ainda, o Papa João Paulo II declarou ter aplicado o exorcismo sob uma jovem, em 1982.
Um relatório sobre exorcismo foi compilado pela Igreja da Inglaterra, em 1972, por uma comissão que incluía represen- tantes católicos e um consultor psiquiatra. Apesar de pretender desbancar as possessões, acabou fortalecendo esta idéia quando relacionada à possessão de lugares: "a interferência demoníaca... é comum em lugares não consagrados... assim como em conexão com sessões espíritas".
Porém, este relatório considera exorcismos de pessoas extremamente duvidosos. À luz da Igreja moderna, aqueles que se julgarem possuídos, devem, prioritariamente, procurar a ajuda de um médico ou psicólogo. Recorrer a um sacerdote cristão é considerado último recurso.
O padre Gabrielle Amorth, diz ter realizado aproximadamente 50.000 exorcismos mas considera que somente 84 foram possessões autênticas. O sacerdote diz que os sintomas incluem força física sobre-humana, xenoglossia (a fala espontânea em língua que não foi previamente aprendida) e revelações de segredos sobre as pessoas.
O cânone dominicano Walker, de Brighton, que coordena o Grupo de Estudos do Exorcismo Cristão, lembra de somente sete casos genuínos durante sua vida religiosa: "Normalmente, tudo que é preciso são conselhos e rezas".


O demônio e o exorcismo nas religiões

Católicos
Satanás, líder da rebelião dos anjos contra Deus, é a encarnação do mal que existirá até o fim dos tempos e contra o qual os cristãos devem estar sempre vigilantes. Há sinais que distinguem os endemoninhados, mas a Igreja recomenda que se recorra à avaliação de psiquiatras para evitar confusões com casos de histeria e esquizofrenia.

Anglicanos
O demônio pode ser combatido em orações, hinos e leituras da Bíblia, mas não existe uma cerimônia específica. Os casos de exorcismo são muito raros. Quando ocorrem, o possuído é "tratado" num grupo de orações, que lhe recomenda jejum, abstinência sexual e adoração a Deus.

Judeus
A literatura rabínica clássica não prevê a existência do demônio, por isso a religião não reconhece rituais de exorcismo. Nos séculos XVI e XVII, surgiu a figura do dibuk, espírito perverso que podia ser expulso em ritos de oração. Para a maioria dos judeus, é considerado apenas folclore.

Evangélicos neopentecostais
Todos os males são causados pelo demônio. Há tipos de possessão que estragam a vida amorosa, provocam miséria, perturbam a família. Nos cultos, os endemoninhados são conduzidos ao altar. O pastor grita com Satanás e exige que abandone o corpo em nome de Jesus.
(Fonte: Revista Época)



O Caminho de Santiago de Compostela é uma rota secular de peregrinação religiosa, que se estende por toda a Península Ibérica até a cidade de Santiago de Compostela, localizada no extremo Oeste da Espanha, onde se encontra o túmulo do apóstolo Tiago.
Tiago foi um pescador que vivia às margens do lago Tiberíades; filho de Zebedeo e Salomé, e irmão de João O Evangelista. Segundo a tradição, após a dispersão dos apóstolos pelo mundo, Tiago foi pregar o evangelho na província romana da Galícia, extremo oeste espanhol. De volta a Jerusalém, o apóstolo foi perseguido, preso e decapitado a mando de Herodes no ano 44. Seus restos foram lançados para fora das muralhas da cidade. Os discípulos Teodoro e Atanásio recolheram seu corpo e levaram-no de volta para o Ocidente, aportando na costa espanhola, na cidade de Iria Flavia.
O corpo do apóstolo foi sepultado secretamente num bosque chamado Libredón. Assim, o local permaneceu oculto durante oito séculos. Uma certa noite, o ermitão Pelayo observou um fenômeno que ocorria neste bosque: uma chuva de estrelas se derramava sobre um mesmo ponto do Libredón, proporcionando uma luminosidade intensa. Tomando conhecimento das ocorrências, o bispo de Iria Flavia, Teodomiro, ordenou que fossem feitas escavações no local. Assim, no dia 25 de Julho de (provavelmente) 813, foi encontrada uma arca de mármore com os restos do apóstolo Tiago Maior.
A notícia se espalhou rapidamente, e o local passou a ser visitado por andarilhos de toda a Europa a fim de conhecer o sepulcro do Santo. A quantidade de peregrinos aumentava intensamente a cada ano. Nobres e camponeses dirigiam-se em caravanas, caminhando ou cavalgando em busca de bênçãos, cura para as enfermidades, cumprir promessas ou apenas aventuravam-se em terras distantes.
O rei Afonso II ordenou que no local da descoberta fosse erigida uma capela em honra a São Tiago, proclamando-o guardião e padroeiro de todo o seu reino. Em pouco tempo, uma cidade foi erguida em torno daquele bosque, e denominada Compostela. A origem etimológica do nome remete ao latim: Campus Stellae, ou Campo das Estrelas, e assim a junção final: Compostela.
No ano de 899, Afonso III construiu uma basílica sobre o rústico templo erguido por seu antecessor. Porém, oitos anos mais tarde, a basílica foi saqueada pelo árabe Almanzor, que respeitosamente, preservou as relíquias do apóstolo. Em 1075, iniciou-se a construção da atual catedral, cinco vezes maior que a anterior.


Os Caminhos do Caminho

O Caminho de Santiago possui - em sua maior parte - um aspecto medieval. As catedrais góticas e românicas, mosteiros e capelas, castelos e aldeias celtas distribuem-se ao longo do percurso.
O apogeu das peregrinações ocorreu nos séculos XII e XIII. As quatro principais rotas tiveram origem neste período. Mesmo partindo de pontos diferentes, todas entravam na Península Ibérica através dos Pirineus. A partir de Puente la Reina o trajeto é o mesmo, com exceção de alguns ramais secundários. As rotas modernas iniciam-se também em cidades como Saint-Jean-Pied-de-Port, na França.
A partir do século XIV, houve uma sensível redução de peregrinos que se aventuravam pelo Caminho. Porém, no século XX o Caminho de Santiago foi "ressuscitado" e voltou a ser umas das principais rotas religiosas da história. Atualmente, é comum encontrar os peregrinos modernos, que percorrem o Caminho de carro ou bicicleta, ou simplesmente aqueles que visitam a Catedral e o túmulo do Apóstolo São Tiago.
Geralmente, o viajante carrega consigo uma concha (conhecida também por Vieira) que possui vários significados. Segundo a lenda, um homem percorria o Caminho a cavalo, quando repentinamente o animal disparou em direção ao mar. O peregrino evocou Santiago, e uma forte onda devolveu-o a terra firme. Retomada a consciência, o peregrino percebeu que seu manto estava repleto de conchas. Assim, a Vieira assumiu um significado de proteção, que também está associada ao Graal. Simboliza, para o viajante, absorver a sabedoria e a entidade de Cristo como seu Eu Superior.
Durante todo o percurso, existem albergues instalados em velhas construções medievais, destinados especialmente a atender os peregrinos. Além de hotéis, pousadas, e os próprios habitantes que cedem suas casas como abrigo. O peregrino carrega consigo uma credencial, que deve ser carimbada em igrejas ou no órgão de turismo correspondente ao local. Munido de um mapa, o viajante também conta com as discretas setas pintadas em rochas, muros e árvores, que funcionam como um guia constante, e evitam que o aventureiro se perca. Ao concluir o Caminho chegando à Catedral de Santiago, o peregrino apresenta a credencial e recebe a Compostelana, uma espécie de certificado de que todo o percurso foi concluído.
No Brasil, a popularização do Caminho deve-se principalmente ao escritor Paulo Coelho, que lançou o livro O Diário de um Mago. Nesta obra, o autor narra as experi-ências místicas vivenciadas em sua peregri- nação em 1989. Além de Paulo Coelho, a cantora Baby do Brasil escreveu Peregrina – Meu Caminho no Caminho, onde também é descrita sua trajetória até Compostela. Mas a literatura brasileira abriga outros títulos que servem de incentivo e preparação para aqueles que se dispuserem a caminhar mais de 800 quilômetros até a cidade de Santiago de Compostela, tombada pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade, em 1992.

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Elizabeth Bathory

A Condessa Elizabeth Bathory (Erzsebet Báthory, do original), foi uma das mulheres mais perversas e sanguinárias que a humanidade já conheceu. Os relatos sobre ela ultrapassam a fronteira da lenda e a rotulam através dos tempos como A Condessa de Sangue.
Nascida em 1560, filha de pais de famílias aristocráticas da Hungria, Elizabeth cresceu numa época em que as forças turcas conquistaram a maior parte do território Húngaro, sendo campo de batalhas entre Turquia e Áustria. Vários autores consideram esse o grande motivo de todo o seu sadismo, já que conviveu com todo o tipo de atrocidades quando criança, vendo inclusive suas irmãs sendo violentadas e mortas por rebeldes em um ataque ao seu castelo. Ainda durante sua infância, ficou sujeita à doenças repentinas acompanhadas por uma intensa ira e comportamento incontrolável, além de ataques epiléticos. Teve uma ótima educação, inclusive sendo excepcional pela sua inteligência. Falava fluentemente húngaro, latim e alemão. Embora capaz de cometer todo tipo de atrocidade, ela tinha pleno controle de suas faculdades mentais.
Aos 14 anos engravidou de um camponês, e como estava noiva do Conde Ferenc Nadasdy, fugiu para não complicar o casamento futuro; que ocorreu em maio de 1575. Seu marido era um oficial do exército que, dentre os turcos, ganhou fama de ser cruel. Nos raros momentos em que não se encontrava em campanha de batalha, ensinava a Elizabeth algumas torturas em seus criados indisciplinados, mas não tinha conhecimentos da matança que acontecia na sua ausência por ação de sua amada esposa.
Quando adulta, Elizabeth tornou-se uma das mais belas aristocratas. Quem em sua presença se encontrava, não podia imaginar que por trás daquela atraente mulher, havia um mórbido prazer em ver o sofrimento alheio. Num período em que o comportamento cruel e arbitrário dos que mantinham o poder para com os criados era algo comum, o nível de crueldade de Elizabeth era notório. Ela não apenas punia os que infringiam seus regulamentos, como também encontrava motivos para aplicar punições e se deleitava na tortura e na morte de suas vítimas; muito além do que seus contemporâneos poderiam aceitar. Elizabeth enfiava agulhas embaixo das unhas de seus criados. Certa vez, num acesso de raiva, chegou a abrir a mandíbula de uma serva até que os cantos da boca se rasgassem. Ganhou a fama de ser "vampira" por morder e dilacerar a carne de suas criadas. Há relatos de que numa certa ocasião, uma de suas criadas puxou seu cabelo acidentalmente aos escová-los. Tomada por uma ira incontrolável, Bathory a espancou até a morte. Dessa forma, ao espirrar o sangue em sua mão, se encantou em vê-lo clarear sua pele depois de seco. Daí vem a lenda de que a Condessa se banhava em sangue para permanecer jovem eternamente.
Acompanhando a Condessa nestas ações macabras, estavam um servo chamado apenas de Ficzko, Helena Jo, a ama dos seus filhos, Dorothea Szentos (também chamada de Dorka) e Katarina Beneczky, uma lavadeira que a Condessa acolheu mais tarde na sua sanguinária carreira.
Nos primeiros dez anos, Elizabeth e Ferenc não tiveram filhos pela constante ausência do Conde. Por volta de 1585, Elizabeth deu à luz uma menina que chamou de Anna. Nos nove anos seguintes, deu à luz a Ursula e Katherina. Em 1598, nasceu o seu primeiro filho, Paul. A julgar pelas cartas que escreveu aos parentes, Elizabeth era uma boa mãe e esposa, o que não era de surpreender; visto que os nobres costumavam tratar a sua família imediata de maneira muito diferente dos criados mais baixos e classes de camponeses.
Um dos divertimentos que Elizabeth cultivava durante a ausência do conde, era visitar a sua tia Klara Bathory. Bissexual assumida e muito rica e poderosa, Klara tinha sempre muitas raparigas disponíveis para ambas "brincarem".
Em 1604 seu marido morreu e ela se mudou para Viena. Desse ponto em diante, conta a história que seus atos tornaram-se cada vez mais pavorosos e depravados. Arranjou uma parceira para suas atividades, uma misteriosa mulher de nome Anna Darvulia (suposta amante), que lhe ensinou novas técnicas de torturas e se tornou ativa nos sádicos banhos de sangue. Durante o inverno, a Condessa jogava suas criadas na neve e as banhava com água fria, congelando-as até a morte. Na versão da tortura para o verão, deixava a vítima amarrada banhada em mel, para os insetos devorarem-na viva. Marcava as criadas mais indisciplinadas com ferro quente no rosto ou em lugares sensíveis, e chegou a incendiar os pêlos pubianos de algumas delas. Em seu porão, mandou fazer uma jaula onde a vítima fosse torturada pouco a pouco, erguendo-a de encontro a estacas afiadas. Gostava dos gritos de desespero e sentia mais prazer quando o sangue banhava todo seu rosto e roupas, tendo que ir limpar-se para continuar o ato.
Quando a saúde de Darvulia piorou em 1609 e não mais continuou como cúmplice, Elizabeth começou a cometer muitos deslizes. Deixava corpos aos arredores de sua moradia, chamando atenção dos moradores e autoridades. Com sua fama, nenhuma criada queria lhe servir e ela não mais limitou seus ataques às suas servas, chegando a matar uma jovem moça da nobreza e encobrir o fato alegando suicídio.
As investigações sobre os assassinatos cometidos pela Condessa começaram em 1610. Foi uma excelente oportunidade para a Coroa que, há algum tempo, tinha a intenção de confiscar as terras por motivos de dívida de seu finado marido. Assim, em dezembro de 1610 foi presa e julgada. Em janeiro do ano seguinte foi apresentada como prova, anotações escritas por Elizabeth, onde contava com aproximadamente 650 nomes de vítimas mortas pela acusada. Seus cúmplices foram condenados à morte e a Condessa de Bathory à prisão perpétua. Foi presa num aposento em seu próprio castelo, do qual não havia portas nem janelas, só uma pequena abertura para passagem de ar e comida.
Ficou presa até sua morte em 21 de agosto de 1614. Foi sepultada nas terras de Bathory, em Ecsed. O seu corpo deveria ter sido enterrado na igreja da cidade de Csejthe, mas os habitantes acharam repugnante a idéia de ter a "Infame Senhora" sepultada na cidade.
Até hoje, o nome Erzsebet Báthory é sinônimo de beleza e maldade para os povos de toda a Europa.

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Ocultismo

A capacidade humana de questionar-se é uma de suas maiores virtudes ao longo da história. O simples ato de buscar o auto-conhecimento, compreender a própria origem e um significado supremo da existência na Terra, conduziu o destino de civilizações, desenvolveu conceitos que se estenderam por vários séculos e gerou um infinito e crescente ciclo ideológico.
A espiritualidade é o combustível desta incessante busca. É quem santifica o homem e consagra a terra. É quem desenvolve o conhecimento e o direciona ao próprio benefício. É neste momento que nasce o conceito de um deus responsável pela criação do universo, de forças e seres superiores que conduzem a existência humana. A fé, oriunda no espírito humano, e o dogma, são as principais colunas que sustentam as religiões e doutrinas espalhadas ao longo do globo terrestre.
Se toda religião é formada basicamente de fé e misticismo, podemos compreender que religião e ocultismo estão interconectados. Dessa forma, concluímos que ocultismo é o conhecimento secreto das religiões, que pode ser acessível apenas aos membros mais elevados na hierarquia de determinadas ordens.
Na sociedade contemporânea, ocultismo também designa temas sobrenaturais, e até certo ponto, supersticiosos, que não tenham um caráter religioso formal, mas que estejam relacionados às filosofias e doutrinas. A religião e o ocultismo também são responsáveis por criar grupos sociais que podem estar associados a manifestações culturais e políticas, por exemplo.
Não existem bases confiáveis para se estabelecer um ponto de partida comum das crenças. Mas pode ser na cultura dos babilônios e egípcios do período pré-cristão, que está a raiz do ocultismo ocidental. Os deuses e religiões desta época se desenvolveram ao longo das eras, sofreram transformações agregando em si diversos elementos de outras culturas, emergindo novos conceitos e ressurgindo velhas crenças.
Ao longo dos tempos, a humanidade divinizou alguns de seus filhos, que se tornaram profetas e imortais no coração e na crença de tantos outros. O homem sagrou terras, erigiu templos e monumentos, louvou a vida e entoou cânticos em nome de suas divindades e da própria fé. Mas a fé combinada com a vaidade e a ganância promoveu guerras, escravizou, segregou e retardou a evolução do espírito.
Na Cultura Obscura não há apologia à nenhuma crença ou religião. Porém, há, após tantas divagações e suposições, a certeza de que a consciência coletiva caminha em busca do conhecimento e da elevação espiritual, utilizando-se da capacidade de crer e ao mesmo tempo questionar, intrínsecas à alma humana.

do Fundo do meu baú

"São quatro cães vadios procurando restos; quatro vultos se esgueirando pelos cantos; quatro almas de olhar vazio; quatro sombras erradias. São os quatros desgarrados da Legião dos Banidos.
Falam pouco, quase nada. Entendem-se por silêncios. E seguem à margem do tempo, escondendo-se dos seres humanos, procurando algo que já nem sabem ao certo o que seria. Algo melhor do que o mundo dos homens, cada vez mais cheio de luzes assustadoras e barulhos inesperados. Um mundo que mudou muito desde o dia em que chegaram".
 
[...] 


Agora

Os pés descalços na água fria empoçada no chão.
Os cabelos encharcados.
As mãos e a alma frias.
O rosto sem emoção não deixa transparecer o que roda incessante na mente.
Não viver não é nada.
Viver a vida que outro alguém queria, é muito mais trágico do que isso.

A Dor

A dor na alma de te ver passar e ter que engolir todas as palavras que teimam em sair, é muito maior do que qualquer outra. Maior que a dor de cortar o dedo e ver o sangue escorrer, maior do que a dor de cair do alto, maior até do que a dor de se quebrar em mil pedaços.
Eu jamais teria te deixado passar tantas vezes, sem nem te puxar pela mão, se soubesse que o presente seria tão inalcançável.
Desculpe pelas minhas falhas. Se algo pode ficar no lugar, é a saudade do que ficou pra trás.

A estrela Aldebarã de Taurus

Em termos astrológicos, Aldebarã é considerada uma estrela propícia, portadora de honra e riqueza. Segundo Ptolomeu, é da natureza de Marte. O astrólogo e alquimista Cornelius Agrippa escreveu que "o talismã feito sob Aldebarã com a imagem de um homem voando, confere honra e riqueza. É uma das quatro “estrelas reais” (a guardiã do leste), assim designadas pelos Persas, cerca de 3000 a.C.. Também como guardiã do leste corresponde, na tradição, ao arcanjo Miguel ("o que é como Deus"), o Comandante dos Exércitos Celestes. Indicou o equinócio de outono no hemisfério norte em uma fase inicial da história a que se referem escrituras védicas. Para os cabalistas é associada à letra inicial do alfabeto hebraico, Aleph, e portanto à primeira carta do Tarô, O Mago. Segundo a mitologia própria da Stregheria, ou bruxaria tradicional italiana, Aldebarã é um anjo caído que, durante o equinócio da Primavera, marca a posição de Guardião da porta oriental do céu.

Triângulo das Bermudas

O Triângulo das Bermudas é um estiramento do Oceano Atlântico, delimitado por uma linha imaginária entre a Flórida, Porto Rico (passando por Cuba) e logicamente as Ilhas Bermudas. O primeiro a utilizar esse nome para designar essa região misteriosa, foi o jornalista e escritor Vincent H. Garddis, em 1964.
Essa região também é conhecida como "Triângulo da Morte", "Cemitério de Barcos", "Triângulo do Diabo" e outros nomes que foram dados pelos raros sobreviventes e também por jornalistas de todo o mundo.
A febre das Bermudas, se deu mais nos anos 70, quando várias investigações sobre o lugar foram retomadas, mas sem conclusões satisfatórias. São vários os casos de desaparecimentos de barcos e aviões nessa área. Muitos não deixaram vestígios. Alguns foram posteriormente encontrados, porém sem nenhuma pessoa a bordo, ou sequer uma pista de que alí haviam estado. Geralmente as cargas e equipamentos eram encontradas intactas, assim como haviam sido embarcadas em seus portos de origem. Os aviões em sua maioria nunca foram encontrados. Várias supostas explicações foram surgindo com o tempo, mas nenhuma delas foi comprovada. Desde hipóteses de OVNIs sequestradores até tempestades magnéticas que teriam feito com que bússolas e equipamentos de navegação parassem de funcionar (mas isso não explicaria o total desaparecimento da tripulação, nos casos em que as embarcações foram encontradas posteriormente).
Existem ainda aqueles que acham que tudo não passa de coincidência.
Outras hipóteses seriam: erro humano, anomalias magnéticas, bolha de gás metano que se elevavam e engoliam tudo ao redor (essa teoria surgiu por volta de 1998, levantada pelo geólogo inglês Ben Chennell. Segundo ele, existem várias reservas de metano congelado e comprimido no fundo do oceano e se elas desmoronam, causam explosões submarinas, que com o deslocamento de ar e água, afundam as embarcações que estiverem no local), vulcões submarinos em erupção, piratas, animais submarinos gigantescos e outras tentativas absurdas de se explicar o desaparecimento de tantas pessoas. O geólogo, quando questionado sobre os aviões desaparecidos, disse que em casos mais extremos as explosões poderiam super aquecer os motores de aeronaves que estivessem passando pelo local. Mas ele não soube explicar como as tripulações de barcos encontrados intactos, desapareciam.
A região do Triângulo das Bermudas também é conhecida pelos cientistas por ocorrerem outros fenômenos interessantes, só encontrados alí, ou encontrados em maior concentração do que em outras partes do mundo. São encontradas em grande número, por exemplo, cavernas subterrâneas que dão passagem a lagos e mares no continente americano.Relatos de sobreviventes que quase desapareceram na região, citam uma grande neblina que ofuscava a visão e fazia parecer que mar e céu eram a mesma coisa. Um capitão de fragata disse que sentiu uma força puxando o barco no sentido contrário ao que ele tentava direcionar sua embarcação. Um rebocador que socorria um grande cargueiro escapou dessa mesma névoa descrita por várias pessoas, porém o cargueiro teria desaparecido depois de uma espécie de tempestade na qual o dono do rebocador disse ter passado. Existem no planeta vários outros pontos conhecidos como portais do diabo ou triângulos de tempestades magnéticas, mas o mais famoso, sem dúvida é o Triângulo das Bermudas.

Uma lista de apenas algumas embarcações e aeronaves desaparecidas no Triângulo das Bermudas:
ROSALIE - Barco francês desaparecido em 1840. Foi encontrado meses depois na área do Triângulo das Bermudas, com as velas recolhidas, carga intacta, navegando normalmente, porém sem nenhum vestígio de sua tripulação.

MARY CELESTE
- Barco desaparecido em novembro de 1872, com 10 tripulantes. Foi encontrado em dezembro do mesmo ano sem ninguém a bordo.

ATLANTA
- Fragata britânica com 290 pessoas a bordo, desaparecido em janeiro de 1880.

FREYA
- De origem alemã, ficou um dia desaparecido. Saiu de Manzanillo, Cuba no dia 3 de outubro de 1902. O curioso é que foi encontrado no dia seguinte, no mesmo local de onde havia saído, porém sem nenhuma pessoa a bordo. Todos os tripulantes desapareceram.

CYCLOPS
- Desaparecido em 4 de março de 1918. Carregava 19.000 toneladas de provisionamentos para a marinha americana. Tinha 309 pessoas a bordo e desapareceu sem nem mesmo enviar uma mensagem de socorro.

RAIFUKU MARU
- Cargueiro japonês desaparecido en 1924. Chegou a pedir ajuda pelo rádio, mas nunca foi encontrado.

STAVENGER
- Cargueiro desaparecido em 1931 com 43 homens a bordo.

CONNEMARA IV
- Desapareceu em setembro de 1955. Apareceu 640km distante das bermudas, também sem tripulação.

MARINE SULPHUR QUEEN
- Cargueiro que desapareceu em fevereiro de 1963 sem emitir nenhum pedido de socorro.

WITCHCRAFT
- Desaparecido em 24 de dezembro de 1967. Considerado um dos casos mais extraordinários do Triângulo. Tratava-se de uma embarcação que realizava cruzeiros marítimos. Estava amarrado a uma bóia em frente ao porto de Miami, Flórida, a cerca de 1600 metros do solo. Simplesmente desapareceu com sua equipe e um passageiro a bordo.

SUPER CONTELLATIÓN
- Avião desaparecido em 30 de outubro de 1945. Era um avião da marinha norte americana. Estava com 42 pessoas a bordo.

GRUMMAN TBF AVENGER
- No dia 5 de dezembro de 1945 uma esquadrilha de cinco aviões desapareceu na área do Triângulo das Bermudas.

MARTIN MARINER
- Hidroavião que foi em busca dos cinco aviões desaparecidos, depois de 20 minutos de vôo, sumiu com 13 tripulantes a bordo.

AVIÃO DC-3
. Desaparecido em 28 de dezembro de 1948. Avião particular, comercial, com 32 passageiros.

CARGOMASTER C-132
- Desaparecido em 22 de setembro de 1963 perto das ilhas Açores.

FLYNG BOXCAR C-119
- Desaparecido em 5 de junho de 1965. Era um avião comercial com 10 passageiros a bordo.
 
 
(Texto de autor desconhecido, que eu modifiquei algumas coisas).
 
 

Lendas I

Pontianak.

Reza a lenda, que o Pontianak é um vampiro fêmea sugador de sangue que se esconde em árvores e túmulos no sudeste da Ásia.

Esse nome significa “fantasma da criança nascida", porque a crença diz que ela é uma mulher que morreu durante o parto.
O Pontianak aparece como uma linda mulher até atacar a sua vítima. Após o ataque, ela se torna uma velha feia com os dentes afiados. Às vezes, somente a cabeça dela aparece, com as tripas penduradas no pescoço.
Ela caça principalmente mulheres grávidas e bebês, devido ao ciúme originado antes de sua morte. Mas os homens também correm riscos – na verdade atacar uma mulher no sudeste da Ásia dá azar, principalmente uma mulher casada, porque ela poderá voltar para pegar você!
Os céticos dizem que Pontianaks não passam de corujas grandes, cujas caras se parecem com as dos humanos quando surgem da escuridão.

As Pegadas do Diabo

No seu "Livro dos Danados" de 1919, Charles Fort reavivou o interesse num enigma supostamente paranormal, o qual ocorreu em 1855, no condado inglês de Devon. Este enigma veio a ficar conhecido como As Pegadas do Diabo. E de que trata este enigma? Ao que parece, na noite de 8 para 9 de Fevereiro de 1855, num dos invernos mais frios de que havia memória, os habitantes do condado de Devon acordaram para um cenário no mínimo bizarro. Um rasto de pegadas de um animal com cascos, estendia-se por várias milhas. Foram avistadas em mais de 30 localidades diferentes, de tal forma que, assumindo que as marcas foram feitas por uma única criatura, a mesma teria de ter percorrido uma distância calculada entre 65 a 160 quilômetros numa única noite. Para além da extensão, outras singularidades acompanhavam as pegadas.
As mesmas pareciam ter sido feitas por uma criatura bípede e não quadrúpede, como seria de esperar se fosse um animal. Para além disso, as marcas formavam quase uma linha única, em vez de surgirem alternadamente à direita e à esquerda. E para acrescentar ainda mais ao mistério, as pegadas pareciam por vezes descrever padrões impossíveis. Acabavam junto de muros altíssimos e montes de feno, e apareciam do outro lado dos mesmos, como se a criatura tivesse simplesmente pulado sobre eles. Apareciam do nada no meio dos campos e terminavam abruptamente, dando a entender que o autor das pegadas tinha simplesmente aterrado e em seguida levantado voo. Foram também reportadas várias pegadas em cima de telhados e nos parapeitos de janelas.
Como é óbvio, não tardou muito para que as pessoas atribuíssem as pegadas ao próprio Diabo. Mas será que o anjo caído andou mesmo pelos campos de Devon? Vamos começar por tentar perceber se existem ainda fontes diretas do fenômeno, ou seja, manuscritos originais ou outros documentos pertencentes a testemunhas presenciais.
A bonita igreja paroquial de Clyst St. George teve como reitor o Reverendo Henry Thomas Ellacombe, um campanólogo de elevado mérito e também um reconhecido botânico. Diz-se inclusivamente que nos jardins da reitoria, o fantasma do Reverendo com a sua longa batina preta, ainda é por vezes avistado vagueando por entre as suas plantas... O motivo pelo qual menciono o Reverendo Ellacombe, relaciona-se com o fato de a ele pertencerem os únicos documentos originais e contemporâneos do enigma das Pegadas do Diabo. São constituídos por cartas, desenhos das marcas, menções a relatos de testemunhas e mesmo algumas observações curiosas feitas pelo reverendo, como por exemplo o fato do seu cão ter ladrado continuamente na noite em que apareceram as supostas pegadas sobrenaturais. Para além destes documentos, as restantes fontes em primeira mão dos acontecimentos, resumem-se às cartas remetidas por testemunhas ao Illustrated London News, e publicadas na íntegra.
Permitam-me desde já que indique a melhor fonte de informação existente na internet sobre este enigma ocorrido em Devon, há mais de 150 anos. Trata-se de um trabalho fantástico, elaborado pelo historiador Mike Dash. O título é "The Devil's Hoofmarks - Source Material on The Great Devon Mystery of 1855". Para além de reproduzir na íntegra todos os artigos que surgiram nos jornais da época, reproduz também alguns dos desenhos e documentos que estavam em poder do Reverendo Ellacombe.
A que conclusões chegou Mike Dash? O mesmo analisou a história, dividindo-a nos seus aspectos mais marcantes e analisando cada um deles com rigor. Depois investigou a fundo se as seguintes características da história eram ou não verdade:
As pegadas estavam de facto por todo o condado de Devon? As pegadas foram mesmo encontradas em locais e condições estranhas? As pegadas eram todas semelhantes? As pegadas estavam bem definidas? Todos os animais domésticos reagiram ao fenómeno? E por fim, as pegadas eram na realidades únicas e nunca antes vistas?
Entre outras coisas, Mike Dash conclui que as pegadas não eram iguais em tamanho, não apareceram todas no curso de uma só noite e não formavam uma única linha reta que atravessava todo o condado de Devon. Acima de tudo, mostra com forte evidência documental, como esta história foi alterada, copiada e embelezada ao longo dos tempos, afastando-a imenso daquilo que são os poucos relatos de testemunhas originais que existem de fato. Apesar de tudo, Mike Dash não tira uma conclusão definitiva sobre a origem do fenômeno. Aliás, como o poderia fazer decorridos que estão 155 anos? Foram entretanto propostas mil e uma teorias para explicá-lo, todas elas fora do âmbito do paranormal. Ratos, pássaros, texugos, cangurus, balões, conspirações, etc. E quanto a você? Qual é a sua opinião?
 
Descobri esse enigma daqui, do site de onde copiei o texto. De todas as fontes da internet, essa foi a que mais me agradou e pareceu ver por todos os ângulos. E só uma observação: eu adaptei algumas coisas do texto, que por sinal não faria sentido que eu as deixasse por aqui.

Lendas II

Sereias.
A Sereia é um ser mitológico, parte mulher e parte peixe (ou pássaro, segundo vários escritores e poetas antigos). É provável que o mito tenha tido origem em relatos da existência de animais com características próximas daquela que, mais tarde foram classificados como sirénios.

Filhas do rio Achelous e da musa Terpsícore, tal como as harpias, habitavam os rochedos entre a ilha de Capri e a costa da Itália. Eram tão lindas e cantavam com tanta doçura que atraíam os tripulantes dos navios que passavam por ali para os navios colidirem com os rochedos e afundarem. Odisseu, personagem da Odisséia de Homero, conseguiu salvar-se porque colocou cera nos ouvidos dos seus marinheiros e amarrou-se ao mastro de seu navio, para poder ouvi-las sem poder aproximar-se. As sereias representam na cultura contemporânea o sexo e a sensualidade.
Na Grécia Antiga, porém, os seres que atacaram Odisseu eram na verdade, retratados como sendo sereias, mulheres que ofenderam a deusa Afrodite e foram viver numa ilha isolada. Se assemelham às harpias, mas possuem penas negras, uma linda voz e uma beleza única.
Supunha-se que as sereias, embora tivessem inteligência humana, não tinham alma. Podiam, entretanto, conseguir uma alma se aceitassem ser batizadas ou, segundo algumas versões, se elas se casassem com um humano.


Algumas das sereias citadas na literatura clássica são:


-Pisinoe (Controladora de Mentes),
-Thelxiepia (Cantora que Enfeitiça),
-Ligeia (Doce Sonoridade),
-Aglaope,
-Leucosia,
-Parténope.

Segundo a lenda, o único jeito de derrotar uma sereia ao cantar seria cantar melhor do que ela.


 "As sereias, porém, possuem uma arma ainda mais terrível do que seu canto: seu silêncio".